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Por Cláudia de Sousa Fonseca, autora de A Fome do Meu Vazio

 

Todo excesso esconde uma falta. E a busca incensante para preencher esse vazio pode resultar em uma série de compulsões. Quando fazemos uma busca na internet sobre o termo, o distúrbio alimentar ganha disparamente o maior número de cliques. Basicamente, estamos comendo nossas dores, para preencher um buraco dentro de nós, que muitas vezes desconhecemos existir. Mas afinal, a compulsão alimentar tem cura?

Vivemos, inegavelmente, em uma sociedade permeada pelo exagero: passamos muito tempo nas redes sociais, gastamos mais dinheiro do que temos, estudamos e trabalhamos até fadigar, pulamos incessantemente entre um relacionamento e outro, comemos e bebemos até nos empanturrar. Uma busca incessante pelo prazer que, muitas vezes, resulta apenas em sentimentos de culpa e insatisfação constante. E porque, em vez de sentir realização com a breve satisfação de nossos desejos, seguimos na necessidade de querer sempre mais, e mais, e mais? A resposta é simples: por não sabermos lidar com questões emocionais, muitas delas parte de um processo inconsciente, projetamos todo o nosso incômodo na necessidade de consumir. Mas como o que queremos de fato não é aquele chocolate, ou aquela pizza, não demora muito para que precisemos comer de novo.

Para lidar com nossos excessos, primeiro é preciso reconhecer nossos vazios. E tomar a consciência de que essa necessidade que buscamos fora, pede para ser preenchida dentro de nós. A maior falta que sentimos é a de nós mesmos. Pois nos distanciamos de quem somos em busca de amor, para nos adaptarmos ao mundo que nos rodeia ou condicionados a situações dolorosas do passado. E, na maioria das vezes, não temos noção do quanto estamos afastados de partes nossas que sequer sabemos que existem. Em segundo lugar, é necessário aprender a lidar com a impossibilidade de preencher todos esses vazios. Pois eles são necessários como propulsores no caminhar pela vida. Nossas faltas nos movimentam e é preciso encontrar um equilíbrio para que elas deixem de ser algo destrutivo e se tornem algo construtivo. “A alma precisa de espaços vazios para respirar. Para se movimentar. Para que possamos neles mergulhar e, a partir disso, criar”.

Em meu novo livro “A fome do meu vazio”, publicado pela Editora Appris, me aproprio de uma narrativa poética para falar sobre o seu processo psicoemocional. Em que, a partir do autoconhecimento, me libertei de uma série de compulsões, inclusive a alimentar. Alguns dos poemas publicados no livro foram produzidos para as minhas clientes, em um trabalho em que escrevo para as pessoas que atendo, após facilitar vivências terapêuticas. O texto “Bailarina de Pijama”, por exemplo, fala especificamente sobre um caso de compulsão alimentar que atendi. E explico, por meio da poesia, como foi realizado o processo de acolhimento das faltas dessa pessoa. Um acolhimento necessário. Afinal, como consta na epígrafe de seu livro “Como seria possível fluir pela vida, sem em suposta completude, não habitassem em mim espaços vazios?”

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Cláudia de Sousa Fonseca é terapeuta, artista plástica, fotógrafa artística, escritora e jornalista, com mais de 15 nos de atuação em jornalismo de políticas públicas e sociais. Seu trabalho artístico tem como principal proposta despertar afetos a partir da conexão com a constante fluidez da arte, em que pinturas e fotografias nunca são estáticas: são manifestações inconscientes que respondem às projeções de quem as criou e as observa. Suas vivências com pintura terapêutica resultaram na exposição “Arrebatamento Sensorial – Um convite à Revolução do Sentir”. O projeto iniciou um circuito na região dos Lagos, no estado Rio de Janeiro, com abertura para visitação inicial na Casa da Cultura de Araruama, entre 5 e 30 de abril de 2024.

 

 

Uma de suas obras ilustra a capa de seu novo livro de poesias, “A fome do meu vazio”, lançado em junho deste ano pela editora Appris. Alguns dos textos publicados são o reflexo de seu trabalho com vivências fotográficas, iniciado em 2019 com o Retrato Terapêutico Amora Fototerapia. O processo, criado por ela a partir de um trabalho experimental de registro jornalístico, resulta em um poema escrito exclusivamente para a/o cliente após duas sessões fotográficas em estúdio.

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