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Por Ebnilson Carvalho, autor de Bananazil: A Republiqueta de Papel

Talvez para analisarmos bem o título deste texto em toda sua essência, se faz necessário compreendermos o verdadeiro significado do termo “cidadão brasileiro”. Vou falar como um cidadão brasileiro que paga os devidos impostos, exerce a cidadania no sufrágio universal como um eleitor que votou e acreditou em nossos políticos.

No período da história do tempo presente, republicana brasileira, após a divulgação da lista da delação “fim do mundo”, da famosa Operação Lava Jato, verificamos a indignação do cidadão brasileiro, principalmente devido os fatos noticiados nos últimos anos que resultou num lamaçal de corrupção que assolaram o que há de mais sagrado numa democracia, o seu povo.

O que se viu pela grande e pequena mídia, pela internet e por toda e qualquer profusão de comunicação no país, é que os “Ratos” da política brasileira já venderam sua alma para o diabo a muito tempo.

Políticos corruptos e ladrões são iguais a quaisquer criminosos de baixa ou alta periculosidade, pois eles sempre se dizem inocentes. Nunca cometeram nem um crime, não roubaram, não saquearam o erário público, não negociaram propinas com as empresas corruptas envolvidas nos esquemas bilionários, como foram delatados por gente do alto escalão do mundo empresarial.

Esquerda e direita levaram o país à praga da corrupção e ao caos econômico da famigerada crise econômica. Acompanhou-se, na época, os grandes eventos esportivos no Brasil como: Copa do Mundo e Olimpíadas, no qual foram construídas obras faraônicas que descambaram para a corrupção. O dinheiro público escoou no esgoto e na lama da epidemia e instalou-se uma crônica de corrupção política/empresarial.

Todos os acusados e suspeitos disseram em suas defesas que eram inocentes e que todas as acusações foram mentirosas, seletivas e políticas. Deu-se a entender que os verdadeiros culpados pelo caos econômico, social e políticos seriam os procuradores federais que tiveram um hercúleo trabalho no combate ao crime que se instalou na republiqueta de papel. O que se viu foi a “república das bananas” ser engolida pela “República de Curitiba”, cuja tarefa marcaria a história recente do país. A aplicação da lei aos criminosos políticos, tiveram seus efeitos, apesar de que esses criminosos eram poderosos políticos que se escondiam por trás do famigerado foro privilegiado e imunidade parlamentar, pois cometeriam seus desatinos se homiziando nos porões da corrupção.

A política brasileira a mais de três décadas foi polarizada por duas forças políticas: esquerda e direita, no qual ambas na busca pelo poder, tornaram a Nação Brasileira uma vergonha mundial e uma potência internacional em corrupção. Nesta República, o crime compensa, pois os sem escrúpulos têm foro privilegiado e imunidade parlamentar.

Parece que esses “anjos do bem” ensaiaram o mesmo discurso, reivindicando-se a honra e a honestidade de qualquer suspeita. Porém, as delações premiadas tiveram um papel preponderante e demonstraram que essa auréola angelical, tem se convertido em chifres.

Faremos apenas uma referência ao que foi dito pelo dono de uma empreiteira envolvida na corrupção:  “Veja bem, eu não conheço nenhum político no Brasil que tenha conseguido fazer qualquer eleição sem caixa dois. Caixa dois eram três quartos, que eu estimo. Não existe ninguém no Brasil eleito sem caixa dois“.

O príncipe afirmou aquilo que todo o país já sabia. Não há um político que não tenha recebido caixa dois, isso é fato, pelo menos entre os poderosos políticos brasileiros.

Essa lista, divulgada pelo Ministro da corte suprema, demonstrou o quanto o país é uma republiqueta de papel emersa na corrupção.

A Corrupção tornou-se um grande negócio, digno das melhores empresas. É na verdade um empreendimento. O jogo é feito da seguinte forma: os políticos recebem das empresas e estas faturam com contratos milionários.  Ambos são culpados e corruptos, pois escandalizaram o país pelo mundo afora. O país foi entregue ao ridículo, à indignidade, desonra e sobretudo ao sinistro social.

O país vive uma recessão jamais vista, por conta desse caos que assolou o país, quiçá não fosse “A República de Curitiba” para pôr fim aos poderosos e essa rede de corrupção que se transformou numa epidemia.

O Brasil vive uma epidemia crônica da corrupção, a corrupção é epidêmica, pois já atingiu todos os setores da sociedade brasileira, inclusive os poderes constituídos executivo, legislativo e Judiciário.

A epidemia da corrupção se alastrou e impregnou-se nos políticos brasileiros, pelo menos em sua maioria absoluta. Os políticos e a sociedade estão contaminados pela corrupção.

Ser corrupto, neste país, é ter privilégio. As pessoas em sua maioria buscam a política, não para lutar pela sociedade, mas principalmente porque lá é um lamaçal de pecados, capitaneados pelo poder corrupto.

Os políticos brasileiros tornaram a política algo abjeto para a sociedade. Esses seres havidos pelo poder, corruptos em sua essência, transformaram o país num lixo institucional jamais visto na história desse país, ou melhor dizendo dessa republiqueta de papel.

Por fim, vivemos os últimos dias da republiqueta de papel, nos quais suas contradições chegaram ao fundo do poço e os poderes desta república digladiavam entre si. O fim está próximo, a esperança acabou e o caos instalou-se.

Ebnilson Carvalho

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