Economia das Relações de Poder: Um Conceito de Inspiração Foucaultiana
Ref: 978-65-5820-185-4O livro Economia das relações de poder nasceu de uma provocação do pensador Michel Foucault, que, em um artigo de 1982, disse: “eis o que precisamos, uma nova economia das relações de poder” (DE, p. 1043). E ponto final. Esse artigo, da década de 80, avança sobre outros temas como o “esclarecimento” e a rejeição das “patologias do poder”, mas sobre o que seria essa nova economia nada mais é dito. Pior, ele sequer chega a explicar o que seria de fato uma “economia do poder”.
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ISBN: 978-65-5820-185-4
ISBN Digital: 978-65-5820-212-7
Edição: 1ª
Ano da edição: 2020
Data de publicação: 03/11/2020
Número de páginas: 277
Encadernação: Brochura
Peso: 300 gramas
Largura: 16 cm
Comprimento: 23 cm
Altura: 2 cm
1. José Eduardo Pimentel Filho.
O livro Economia das relações de poder nasceu de uma provocação do pensador Michel Foucault, que, em um artigo de 1982, disse: “eis o que precisamos, uma nova economia das relações de poder” (DE, p. 1043). E ponto final. Esse artigo, da década de 80, avança sobre outros temas como o “esclarecimento” e a rejeição das “patologias do poder”, mas sobre o que seria essa nova economia nada mais é dito. Pior, ele sequer chega a explicar o que seria de fato uma “economia do poder”.
Assim, mais do que um texto, estas páginas são um exercício arqueológico para preencher o vazio deixado por Foucault em sua provocação. Fazendo com que Economia, Filosofia e História sejam os instrumentos utilizados para entender o que somos enquanto sujeitos econômicos. O leitor encontrará um campo de arranjos e desarranjos, no qual teorias econômicas e filosóficas (ora em confronto, ora em harmonia) se esforçam para dizer o que o ser humano foi, é e deve ser. Nesse exercício de escavação arqueológica do saber, na mais profunda das camadas, encontraremos nosso antepassado distante: o Anthropos Oikonomikos grego. E passo a passo o leitor avançará em suas mutações, como a violenta passagem do Anthropos Oikonomikos ao Homo Economicus moderno, mas também a passagem quase imperceptível do Homo Economicus para o Capital Humano contemporâneo. Com a constante presença e força do pensamento foucaultiano, conceitos como riqueza, sexualidade, escravidão, loucura, mercado etc. vão dando sentido aos mais complexos jogos de poder, saber e valor.
Sem querer sentenciar qual seria a “nova economia” um dia sugerida por Foucault, esta obra tem a ousada tarefa de dar ao leitor as ferramentas para que busque seus próprios meios e forças para sugerir então a sua economia do poder.