DESCRIÇÃO
O mercado editorial dos periódicos científicos funciona em oligopólio. Poucas empresas controlam a publicação desses periódicos e controlam também o seu fator de impacto em nível mundial. Em pouco mais de 20 anos, o movimento do software de código-fonte aberto expandiu-se e gerou grandes desdobramentos em contraposição a esse oligopólio. Tal movimento não se deu por acaso, e tampouco seus desdobramentos. Pesquisadores do mundo todo cansaram de contribuir com a produção de artigos científicos, como revisores ou participantes de conselhos editoriais, enquanto a indústria editorial obtinha altos lucros sobre os pacotes de periódicos vendidos às bibliotecas acadêmicas. Assim, lançaram no mercado editorial várias alternativas em oposição àquelas do processo tradicional de publicação. Dentre elas estão: o copyleft e o Creative Commons em oposição ao copyright; o open access e os repositórios digitais abertos em oposição aos repositórios digitais fechados das editoras; o h-index, o g-index, o GSC e outros medidores de impacto em contraposição ao fator de impacto controlado pelo oligopólio. No processo editorial tradicional, as instituições de ensino e pesquisa fornecem toda a mão de obra necessária à produção, à arbitragem e ao conselho editorial, enquanto as editoras encarregam-se de organizar os serviços, disponibilizar uma navegação confiável e precisa em suas bases de dados e manter altos índices de impacto para as suas publicações. Atualmente, o Google também dispõe de motores de busca confiáveis, que trazem resultados precisos e fazem a navegação pelos repositórios digitais abertos. Além disso, o Google também dispõe de ferramentas para medir o impacto dos autores e das publicações. O Google e os repositórios digitais abertos, em simbiose, podem cuidar de todo o processo da publicação científica, desde a sua produção até a sua difusão e medição de impacto, como uma alternativa em contraposição ao oligopólio das editoras científicas.
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