DESCRIÇÃO
Todo dia acho graça do que eu pensava ontem. Deus criou o homem e o homem criou a escola para fazer grandes homens. O homem é feliz quando aprende a viver com o suficiente. Viver é fácil; viver fácil é difícil. O bom futuro se constrói com preservação dos acertos e repúdio aos erros do passado. Essas são algumas das assertivas filosóficas de Ataíde Gouvêa, que pinçamos da obra para reflexão do leitor deste romance que aborda, de maneira inteiramente nova, a migração nordestina, propondo solução viável para o drama da seca. O personagem central, criança de extrema bondade, meiguice e condição moral, transforma-se num monstro insaciável ao enveredar-se pela carreira política, retornando às suas origens somente quando, no final da vida, submete-se ao maior dissabor acometido ao ser vivente, volvendo ao seu mundo simples e bucólico ao lado do que restou da família. Cada página desta obra prende o leitor num emaranhado de colocações bucólicas e humorísticas, envolvendo suspense e contundente crítica ao corrupto mundo político.
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