A educação brasileira vive uma crise em muito agravada pela divisão da sociedade em grupos antagônicos. Que papel cabe às/aos profissionais da educação nesse momento crítico? É preciso enfrentar a situação. Como fazer isso? O passo inicial é que essa comunidade estabeleça os seus princípios fundamentais e inalienáveis, voltados para o respeito à pluralidade democrática, a defesa do conhecimento e do saber, a sua difusão e o combate às desigualdades que marcam a sociedade brasileira e mato-grossense. A partir desses princípios, buscar construir, sempre de forma colaborativa, um projeto institucional que contemple as necessidades e vocações do local no qual as instituições de ensino se encontrem. No caso de Mato Grosso, temos um estado no qual a biodiversidade, as migrações humanas, o complexo agroindustrial, a expressiva presença de povos indígenas, por exemplo, se apresentam como linhas de rumo para esse projeto institucional. Nesse processo, instituições como a Associação Nacional de História (Anpuh) desempenham um papel essencial na propositura e coordenação dos debates e no acompanhamento da efetiva implementação dos projetos. No entanto, tais projetos somente serão factíveis com o efetivo engajamento da comunidade educacional, acadêmica e a participação da sociedade. Este foi o propósito do XI Encontro Estadual da ANPUH/MT: envolver-se diretamente nos desafios que estão postos, discutir e analisar coletivamente as possibilidades e propor ações possíveis para contribuir com a sua superação.