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Este livro, ao articular o particular de um caso clínico, a partir da teoria psicanalítica, coloca em cena, numa Outra cena, a trama inconsciente que leva uma mãe a manter ausente o registro paterno na certidão de nascimento do filho.
Este livro, ao articular o particular de um caso clínico, a partir da teoria psicanalítica, coloca em cena, numa Outra cena, a trama inconsciente que leva uma mãe a manter ausente o registro paterno na certidão de nascimento do filho. Paradoxalmente, o caso revela que o filho, sem o registro paterno – o que faz da mãe a única detentora dessa filiação – tem uma função de suplência para ela, que sente uma solidão enorme, um vazio extremo, um gozo invasivo, não querendo mais existir. Por isso, o reconhecimento da paternidade advinda pela prova do DNA coloca em risco a sua própria existência, como confessa Maria: “Ah! Se eu perder esse filho por causa do DNA!”. Nesse sentido, o autor circunscreve a temática sobre a função paterna e a feminilidade em Freud e Lacan, apresentando outra dimensão da paternidade, bem como a questão do gozo feminino, uma vez que o caso clínico analisado atualiza duas questões estruturalmente enigmáticas: O que é um pai? e O que quer uma mulher?. Na verdade, o caso exemplifica a importância em não respondermos imediatamente a uma demanda, no caso, de pedido de reconhecimento de paternidade, deixando-nos surpreender para além do objeto demandado, possibilitando que a Outra cena entre em cena, revelando histórias que podem nortear, renovar ou mesmo mudar os rumos de nossas práticas. Assim, esta obra se destina aos operadores do Direito, aos psicólogos e psicanalistas, aos assistentes sociais e profissionais de áreas afins.
Peso | 300 g |
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Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 978-65-5523-430-5 |