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Desde cedo, nas aulas catequéticas das nossas paróquias, recebíamos uma formação que nos sensibilizava às representações artísticas da “Paixão do Cristo”, lembrando da “Pietàs” e das “Venerações” que ornavam às “Vias Sacras”, então apresentadas pelas nossas catequistas. Se procurássemos por suas referências, éramos informados de que os seus originais pertenciam a museus longínquos, em países estrangeiros.
A impressão que deixavam era a de que seríamos um povo sem cultura artística, meros imitadores de outras culturas! Desse estado de espírito, muito provavelmente, haveria de ter nascido o movimento gerando a “Semana de Arte Moderna”, em 1922.
Em realidade, temos vivido em um profundo silêncio quanto à transmissão dos nossos próprios valores culturais… Afinal, desde os séculos coloniais, não tivemos mais poetas como Gregório de Matos Guerra? Não tivemos mais arquitetos do porte de Manoel Francisco Lisboa? Não tivemos mais um escultor como Antonio Francisco Lisboa? Não tivemos mais compositores como Lobo de Mesquita, e recentemente, Villa-Lobos? Mas, quem os comece, além de um restrito número de privilegiados, bem-informados conhecedores dos nossos valores culturais?
Este livro não visa preencher lacunas da nossa formação cultural, mas tão somente informar sobre uma cultura artística, desenvolvida desde o século XVIII e continuamente apurada, até os nossos dias. Ela continua disponível, aos quantos dela queiram fruir, no Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Caeté/MG, onde deixaram as marcas das suas genialidades, a partir de Aleijadinho, passando pela arquitetura de Alcides da Rocha Miranda, pelas artes de Alfredo Ceschiatti, Maria Helena Andrès, Paulo Schmidt, Vlad Pœnarù e Claudio Pastro.
Que este livro seja não mais que um convite à sua descoberta!
Peso | 300 g |
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Dimensões | 21 × 14 × 3 cm |
ISBN | 978652503959-6 |
PÁGINAS | 125 |