O Controle da Vida: práticas de conselheiros tutelares problematiza as práticas de Conselheiros Tutelares frente às denúncias recebidas e que efeitos elas disparam na sociedade. Considera como objetos analíticos as séries: violência, infância, família e as instituições de “proteção” e atendimento às crianças e aos adolescentes das camadas populares. A autora consultou os registros das denúncias e de seus desdobramentos e interrogou esse regime de escrita e de construção de dossiês que transformam cada indivíduo em um caso, permitindo comparar, classificar e controlar crianças e adolescentes e seus familiares. 
As páginas de O Controle da Vida: práticas de conselheiros tutelares mostram como as práticas dos conselheiros tutelares normalizam e moralizam os corpos que tomam como alvo de intervenção, psicologizam a violência familiar, atribuem uma determinação econômica aos atos de violência familiar, culpabilizam as famílias pela situação em que se encontram as crianças e os adolescentes, ameaçam as famílias de perda do poder familiar e imprimem um caráter policialesco às suas ações.