DESCRIÇÃO
Quando se fala em fascismo, o termo evoca imagens associadas a Benito Mussolini e Adolf Hitler, o “nazifascismo” do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, quando não apenas uma genérica representação de um sujeito autoritário, intolerante e perigoso pronto para acabar com as liberdades democráticas. Mas isso é uma caricatura.
O verdadeiro fascismo, o fenômeno histórico que governou a Itália por mais de duas décadas, não pode ser reduzido a essas generalizações, porque, como era esperado, apenas causam cada vez mais confusão nos debates políticos modernos, reduzindo o fascismo a um ad hominem sem qualquer relação com o conteúdo intelectual e ideológico originário.
Este livro visa justamente botar ordem nessa confusão. Traçando as origens do fenômeno na evolução da sociologia elitista e no revisionismo marxista do século XIX, chega-se à peculiar síntese entre o sindicalismo revolucionário, o nacionalismo e a filosofia idealista italiana, síntese essa que é a própria essência do fascismo que tentou se solidificar no poder.
É apenas por meio da elucidação dessa síntese que se pode compreender por que esse fenômeno se colocou como o principal representante de uma revolta totalitária contra o individualismo liberal e, ao mesmo tempo, um peculiar herdeiro de um marxismo revisitado e alterado por hábeis intelectuais fascistas.
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