Com base nos acontecimentos sociais que atuaram sobre e no coletivo gay, O Sexo Nu traz uma reflexão sobre a relação histórica da homossexualidade em nossa Sociedade Ocidental e sobre como essa sociedade foi conduzida a compreender, aceitar e desejar padrões de “normalidade” cultivados a partir de uma ciência em desenvolvimento, incluindo uma estatística de massa, nos quais tudo o que difere desse ideal é considerado estranho ou “anormal”. Reflete ainda sobre como essas percepções levam os sujeitos a repetir modelos mais aceitáveis, relegando às margens aqueles que buscam diferentes formas de se conduzir.
Considerando a tensão social provocada pela diversidade humana e focando na diversidade sexual, O Sexo Nu se utiliza do bareback – sexo sem camisinha – como tema e objeto a ser pensado e desconstruído em uma sociedade que visa o controle e a fuga dos riscos pós-Aids.
Não é objetivo acentuar dicotomias, seja entre sexo, orientações e preferências erótico-sexuais, mas questionar padrões, normas e normalizações para uma maior consciência de si e de nosso papel na sociedade. Não se trata de inocentes ou culpados, somos todos atores na vida.