DESCRIÇÃO
“Ouvi dizer”. Quantas vezes essa expressão é usada para se referir aos boatos organizacionais? Conteúdo que se relaciona a eventos do cotidiano, o boato pode ser aumentado e transmitido de pessoa para pessoa sem que existam dados concretos capazes de testemunhar sua exatidão. Por isso, autores como Knapp, Allport e Postman, Peterson e Gist, Fonseca, Kapferer, Ramon-Cortés, Difonzo, Sunstein, Chapman e Kahneman produziram, ao longo dos últimos anos, diversos estudos e obras de referência sobre esse tema tão intrigante, que vamos analisar juntos. Quando uma empresa não investe na chamada comunicação com funcionários (antiga comunicação interna), ela se torna vulnerável às cadeias de contágio de boatos ou rumores, que se originam como pequenos ruídos, crescem, multiplicam-se e se espalham por toda a empresa. É exatamente nestes pontos pouco explorados pelo mercado editorial brasileiro que nosso livro foca: a correlação entre a comunicação eficiente, o contexto de recepção das mensagens e a origem dos boatos nas empresas. Dentre os fatores que contribuem para sua rápida transmissão, estão: o medo de demissões, a falta de informações assertivas diante de dúvidas e conflitos, e o desinteresse da liderança em ouvir reivindicações dos times, o que também é potencializado pela perda de confiança, surgimento de um clima de insegurança e fortalecimento das chamadas redes de comunicação informais. Comunicação é um processo de diálogo que vai além de informar e enviar mensagens. Por isso, se sua empresa quer ter uma comunicação saudável e desenvolver anticorpos contra boatos ou atenuar suas perigosas consequências, estimule a cultura do feedback entre times e líderes, promova conteúdos e campanhas que envolvam o colaborador em primeira mão e faça parcerias com embaixadores e influenciadores internos. Afinal, por trás de todo “ouvi dizer”, há um “preciso saber” em sinal de alerta. Assim, com essas orientações, é possível eliminar de vez os boatos das empresas? Vamos percorrer juntos esta viagem pelo universo dos boatos organizacionais e em rede, e entender como uma visão integrada de comunicação, gestão e liderança pode ser a chave para a mudança.
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