Relações de Gênero e Trabalho Doméstico: uma Pesquisa com Estudantes da EJA
R$73.00
A pesquisa que deu origem a este livro, Relações de gênero e trabalho doméstico: uma pesquisa com estudantes da EJA, foi desenvolvida com educandos que atuavam como trabalhadores domésticos. Nela, buscou-se analisar as relações de gênero construídas e vivenciadas por esses trabalhadores e compreender como se dava a interpretação de atribuições muitas vezes destinadas a mulheres e aparentemente aceitas como algo natural, nos discursos dos participantes deste estudo, que em alguns casos são mãe, pai, filha, filho, esposa, dona-de-casa, trabalhador/trabalhadora doméstico(a). A motivação para a pesquisa surgiu quando se constatou que a infrequência às aulas da EJA, por parte das mulheres era superior à dos homens e, descobriu-se que a causa desse fenômeno consistia no fato de trabalharem como empregadas domésticas e muitas residirem no local de trabalho.
AUTORES
A pesquisa que deu origem a este livro, Relações de gênero e trabalho doméstico: uma pesquisa com estudantes da EJA, foi desenvolvida com educandos que atuavam como trabalhadores domésticos. Nela, buscou-se analisar as relações de gênero construídas e vivenciadas por esses trabalhadores e compreender como se dava a interpretação de atribuições muitas vezes destinadas a mulheres e aparentemente aceitas como algo natural, nos discursos dos participantes deste estudo, que em alguns casos são mãe, pai, filha, filho, esposa, dona-de-casa, trabalhador/trabalhadora doméstico(a). A motivação para a pesquisa surgiu quando se constatou que a infrequência às aulas da EJA, por parte das mulheres era superior à dos homens e, descobriu-se que a causa desse fenômeno consistia no fato de trabalharem como empregadas domésticas e muitas residirem no local de trabalho. Partiu-se da hipótese de que nos grupos sociais que correspondem a estudantes da EJA ocorre a naturalização de funções e a atribuição de exclusiva responsabilidade às mulheres no que diz respeito às tarefas de cuidado, ou tarefas domésticas. Verificou-se com este estudo que praticamente todos os sujeitos pesquisados encaram o direcionamento de meninas e mulheres para as atribuições domésticas e de cuidado como algo natural. A situação de miserabilidade em que essas pessoas nasceram e cresceram e a ausência de acesso a políticas públicas que as atendessem adequadamente é o que fez com que integrassem no mundo do trabalho ainda na infância. O cansaço decorrente da extensão da jornada de trabalho situa-se nos discursos de nossos protagonistas como a maior dificuldade apontada para permanecerem na escola. No que diz respeito à questão racial, este livro mostra que o processo de inferiorização de mulheres negras mantém-se ao longo da história como resultado de herança cultural e faz com que situações de exploração de mão de obra doméstica sejam tratadas com certa naturalidade tanto por empregados, quanto por empregadores.
Informação adicional
Peso | 300 g |
---|---|
Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 978-85-473-3136-8 |