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Sociologia das Culturas Subalternas é resultado de uma pesquisa do autor que documenta, problematiza, registra e interpreta a dimensão simbólica de uma região muito afastada e desiludida do México dos anos 1980.
Sociologia das Culturas Subalternas é resultado de uma pesquisa do autor que documenta, problematiza, registra e interpreta a dimensão simbólica de uma região muito afastada e desiludida do México dos anos 1980.
As teorias científicas da Cultura retomadas e reavaliadas por Jorge A. González fornecem elementos importantes para se pensar na formação das ideias latino-americanas e refletir sobre o momento histórico no qual o objeto de pesquisa do autor está inserido, pressupondo, inclusive, uma longa vivência marcada por uma identificação com o tema de suas teorias.
O autor transita, com muita disposição, intimidade e familiaridade, entre os intrincados conceitos de Cultura, quer sejam eles bens de consumo, ideias ou crenças, chegando às trocas culturais mediadas pelas redes sociais que traduzem muitas interrogações a respeito das culturas no estágio atual e de suas novas configurações e vivências.
Isso significa que o autor, com seu conceito gramsciano de culturas, perfaz em detalhes uma passagem do século XX para o século XXI sem perder de vista toda uma herança cultural marxista, levando em conta, por exemplo, o conceito de classe tão caro a Marx quanto a seus leitores — Gramsci e Lukács —, que o releem, contextualizando-o cada um em seu tempo e espaço.
Pode-se pensar hoje esse pleno conhecimento do autor em uma parte importante do livro, dedicada ao grande filão gramsciano que desloca o conceito de ideologia para hegemonia, designando os modos de subjugar, dominar e conquistar sob um aparente consentimento. É precisamente nesse momento que destacamos o trabalho não só do autor, mas também do pesquisador, que aplica de maneira clara para o seu leitor o conceito de hegemonia, obviamente mais amplo que o de ideologia. Por exemplo: é encontradiço e contumaz, nas democracias ocidentais, transmitir a ilusão de partícipe do poder às camadas populares.
Em outro sentido, o trabalho de Jorge A. González deixa registrado o profundo interesse pela vida cotidiana, traduzida como cultura popular ou cultura da vida cotidiana, e analisa implicitamente as afirmações, as negações, os desejos, as aceitações e as recusas por parte das camadas populares que imaginam ilusoriamente desempenhar aí um papel ativo.
Peso | 300 g |
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Dimensões | 21 × 14.8 × 2 cm |
ISBN | 978-85-8192-972-9 |