DESCRIÇÃO
Vai ter coragem? A paradoxal existência da maternidade trabalhadora é resultado de uma pesquisa relacionada à experiência de mulheres mães com atividades de trabalho remuneradas.
Após encontros com cinco mulheres, foi possível identificar pelos seus relatos e situações ao vivo as dificuldades de maternar, trabalhar, cuidar das atividades domésticas, manter um bom relacionamento conjugal e existir para além dessas demandas.
Partindo de experiências pessoais em que a coragem para trabalhar e não atuar como mãe exclusivamente me foi questionada por diversas vezes, parti para a investigação formal desse fenômeno, esperando encontrar muita culpa e ressentimento no relato das participantes.
Surpreendentemente, elas me revelaram uma realidade materna vivida com muito gosto e também desinteresse pela existência materna exclusiva.
Indicaram um desejo pela manutenção das atividades remuneradas, sendo fonte de prazer e reconhecimento, ao mesmo tempo que desejavam estar mais tempo com os filhos.
Ainda, apresentaram uma realidade conjugal intensamente impactada pela divisão não equilibrada das atividades domésticas e dos cuidados com os filhos, resultando em uma significativa sobrecarga física e mental.
A culpa, inicialmente considerada um sentimento presente na realidade de mulheres mães e trabalhadoras, não surgiu como experiência das mulheres participantes da pesquisa.
O que isso pode revelar?
Descubra durante a leitura deste livro que faz, ainda, um levantamento das representações da mulher mãe na história, relacionando-a à realidade atual e aos seus desafios.
Esta obra pode promover intensas reflexões e análises a respeito da realidade materna e, assim desejo, mudanças na forma de ser e agir de homens e mulheres quanto às suas contribuições parentais, conjugais, sociais e existenciais.
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