Invisíveis, mas Necessárias: Mulheres Trabalhadoras da Mineração
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O livro Invisíveis, mas necessárias: mulheres trabalhadoras da mineração, tenta desvendar a inserção precária das mulheres no mercado de trabalho e a persistência de ocupações e atividades socialmente feminizadas ou masculinizadas, a partir do cenário de uma profissão historicamente masculina.
AUTORES
O livro Invisíveis, mas necessárias: mulheres trabalhadoras da mineração, tenta desvendar a inserção precária das mulheres no mercado de trabalho e a persistência de ocupações e atividades socialmente feminizadas ou masculinizadas, a partir do cenário de uma profissão historicamente masculina. Para isso, garimpamos informações escondidas e invisibilizadas em uma mina a céu aberto e outra subterrânea, além de uma empresa pública de pesquisa, todas do setor mineral formal. As observações, depoimentos, entrevistas, resgate de documentos com mulheres e homens trabalhadores, fruto de pesquisa doutoral da autora Anabelle Carrilho (2016), estão aqui reunidos e subsidiaram uma análise que revela a profunda desigualdade de gênero nesse universo, ainda no século XXI. A exploração e opressão específicos do trabalho das mulheres envolveu principalmente desvalorização velada, exigências técnicas e emocionais constantes, sabotagens, assédios, invisibilidade, entre outros mecanismos de expulsão individuais ou institucionais sofridos pelas trabalhadoras. Desse modo, a divisão sexual do trabalho é reproduzida e apropriada em um setor fundamental ao funcionamento e desenvolvimento das sociedades capitalistas. Identificou-se, então, que os principais obstáculos para a feminização da mineração são atualmente mais simbólicos do que materiais, advindos da reprodução de contraditórios discursos associados às masculinidades. Compreender isso que chamamos de feminização, em espaços tradicionalmente masculinizados, é importante para a compreensão dos desafios gerais colocados ao labor das mulheres nas atuais relações de trabalho capitalistas. Porém, é necessário também questionar o setor mineral e o capitalismo como um todo. A centralidade material e simbólica da mineração para o nível de desenvolvimento das sociedades capitalistas atuais, constituídas sobre a exploração humana e a degradação ambiental, são temas que questionam também aos feminismos acerca de um projeto societário mais amplo. Portanto, o presente livro volta-se não apenas àquelas pessoas interessadas pelos estudos de gênero e feministas ou pela mineração, mas a todas que se interessem pelo questionamento e pela superação dos mecanismos de exploração e opressão humanas no geral e das mulheres em particular.
Informação adicional
Peso | 300 g |
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Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 978-65-5820-968-3 |