DESCRIÇÃO
Como viabilizar aos alunos das classes populares o acesso aos modos legitimados de ler e escrever da esfera universitária, especialmente, estudantes que adentram à universidade via políticas de ações afirmativas (PAAs), tendo em vista que a educação superior ainda não é para todos? Este livro intenta demonstrar, diante dos constantes ataques à PAAs, dentro e fora da academia, que não basta passar no vestibular e acessar o ensino superior, talvez esse seja o menor dos problemas, pois, para os grupos minorizados, ao ingressarem em qualquer curso de graduação, novas exigências se fazem presentes, ou seja, a permanência universitária se dá desde a obtenção de bolsas e auxílios até à apropriação das práticas de letramento acadêmico: ler e escrever, de modo a responder com êxito, o que se espera de um partícipe legítimo da universidade; para alguns grupos, torna-se dramático. É sobre este percurso, a relação com as trajetórias de letramento anteriores e atuais, próprias, da academia, que discorre esta obra, evidenciando possibilidades de combater os modos de exclusão social na e pela a linguagem.
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