O Bistrot e outras Histórias
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O que é o tempo? O que é a verdade?
Concordo com J. L. Borges (1899-1986), para quem o tempo não existe: é apenas uma convenção. Além do tempo cronológico existem outras formas de convencionar-se acerca da presença do tempo: há o tempo dos Vikings, em que passado e futuro se entrelaçavam no presente e no qual as bifurcações aconteciam a cada momento.
AUTORES
O que é o tempo? O que é a verdade?
Concordo com J. L. Borges (1899-1986), para quem o tempo não existe: é apenas uma convenção. Além do tempo cronológico existem outras formas de convencionar-se acerca da presença do tempo: há o tempo dos Vikings, em que passado e futuro se entrelaçavam no presente e no qual as bifurcações aconteciam a cada momento. Há, ainda, outro tempo, concebido numa interpretação da teoria de Einstein (1879-1955), o tempo cosmológico, que pode ser cíclico: “O universo evolui ao longo de bilhões de anos para uma ciclicidade (os ciclos do tempo), uma eternidade periódica na qual, de certa forma, o fim evolui para uma configuração passada”, afirma Roger Penrose (2013) cosmólogo da Universidade de Oxford.
Há, também, o tempo de Jung (1875-1961), o Kairós (a sincronicidade). Há exemplos desse tipo de comunicação inconsciente no nosso cotidiano: recordar alguma música e ao ligar o rádio do carro, estar tocando a mesma música, ou, ao lembrar-se de alguém, subitamente a pessoa aparece para uma visita.
Nestes contos resgatei, ao longo das 12 histórias, indagações acerca da vida e do tempo. O fluir do tempo e suas bifurcações estão presentes em várias histórias. No conto “Pato novo não mergulha fundo?”, a jovem personagem, sem perceber, é incitada a todo o instante a perseguir incessantemente o tempo, alcançando-o com a sua bike. A sincronicidade é contemplada em “Reflexos”, a partir de uma reflexão. Existem muitas outras nuances em cada uma dessas histórias, como derrotas que valem mais que vitórias, em “Helmi Borealis”, gatos falantes, em “Os gatos”, e o encontro inesperado, em “Presente de Natal”. Mas, como diria Umberto Eco, há, em cada livro, “tantas leituras e interpretações possíveis quanto o número de leitores”. Há outras sutilezas no presente texto, mas é melhor que sejam deixadas para as interpretações de cada leitor.
Manoel Ferreira Borges Neto – Doutor em Matemática pelo King’s College (London) e bacharel em Física pela Universidade de Brasília (UNB), o autor é livre docente e professor titular (aposentado) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Trabalhou como pesquisador e professor visitante em outras instituições no Brasil e exterior, entre elas: Università Degli Studi di Torino (Itália); International Centre for Theoretical Physics (Trieste, na Itália); University of Cape Town Cidade do Cabo, na África do Sul). Além das atividades de docência e de pesquisa nas áreas de Matemática e Física, o autor é um leitor contumaz das coleções de Jorge Luis Borges, dos contos de Truman Capote e de textos clássicos da literatura. Chegou a colaborar, por curto período, na elaboração de roteiros e na direção de pequenos documentários, e ultimamente tem se dedicado a escrever contos. Ele acredita no avanço do conhecimento, e de um melhor entendimento entre os povos, não se dá sem um entrelaçamento entre o avanço científico, as artes, a religião e a literatura.
Informação adicional
Peso | 300 g |
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Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 978-65-250-0350-4 |