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A contemporaneidade, no tocante à organização social da família, tem sido marcada por novas configurações, tanto nos entes que a compõem, quanto nas relações que a definem. Os novos panoramas das famílias não se constituem sem efeitos sobre as redes, as mais diversas da malha social; assim como sobre a constituição subjetiva dos que delas participam. Neste contexto, verifica-se uma tendência à marginalização do pai quanto às suas funções na família ao mesmo tempo em que observa-se um movimento, um tanto paradoxal, de tentativa de resgate das funções e lugar do pai. O pai: uma função em declínio procura demonstrar o que a psicanálise concebe por função paterna, a partir do que Lacan denomina nome-do-pai, conceito que se constitui da releitura lacaniana da obra de Freud pelo viés da antropologia estrutural de Claude Lévi-Strauss. O presente livro demonstra como esse conceito encontra-se atrelado à tese lacaniana de um declínio social da imagem do pai, enquanto pano de fundo do próprio surgimento da teoria freudiana; bem como, enquanto pano de fundo do surgimento de uma determinada crise psicológica atual.
A contemporaneidade, no tocante à organização social da família, tem sido marcada por novas configurações, tanto nos entes que a compõem, quanto nas relações que a definem. Os novos panoramas das famílias não se constituem sem efeitos sobre as redes, as mais diversas da malha social; assim como sobre a constituição subjetiva dos que delas participam. Neste contexto, verifica-se uma tendência à marginalização do pai quanto às suas funções na família ao mesmo tempo em que observa-se um movimento, um tanto paradoxal, de tentativa de resgate das funções e lugar do pai. O pai: uma função em declínio procura demonstrar o que a psicanálise concebe por função paterna, a partir do que Lacan denomina nome-do-pai, conceito que se constitui da releitura lacaniana da obra de Freud pelo viés da antropologia estrutural de Claude Lévi-Strauss. O presente livro demonstra como esse conceito encontra-se atrelado à tese lacaniana de um declínio social da imagem do pai, enquanto pano de fundo do próprio surgimento da teoria freudiana; bem como, enquanto pano de fundo do surgimento de uma determinada crise psicológica atual. Ao refletir sobre esse declínio, a presente obra reivindica, em certa perspectiva, um lugar para o pai diferente da posição secundária à ele reservada na família contemporânea, indicando-lhe uma posição similar em importância à da mãe, na medida em que investiga o caráter de sua função na família como elemento fundamental para a constituição psíquica do seres humanos. Não se trata de defender o pai, em detrimento da mãe; senão de evidenciar o quanto a sua ausência pode ser patologizante; o quanto se perde quando o mantemos à margem dos processos familiares constitutivos, não só em relação a criança que se funda como sujeito a partir da função que ele promove, como também e sobretudo em relação a mãe que, amiúde, acaba por arcar sozinha com a responsabilidade de formar sujeitos.
Em um cenário de manifestações, as mais diversas, em defesa da mulher e do feminino e no qual ainda permanecem fortemente presentes os ideais da maternidade que reforçam o domínio das mães sobre os filhos; trazer o pai ao debate é mais que um desafio, uma necessidade pungente.
Peso | 300 g |
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Dimensões | 21 × 14 × 2 cm |
ISBN | 978-85-5507-863-7 |