Pobre Gente mostra, sem rodeios, os grupos responsáveis pela desonrosa desigualdade social do Brasil. O capital, com seu enorme poder de barganha, é responsável direto pela aviltante crise que assola a nossa nação. Sua tara por dividendos não tem limites, daí os seis homens mais ricos de nosso país terem mais dinheiro que 100 milhões de brasileiros. Essa monstruosa concentração de riquezas transforma o Brasil em refém do 1% mais rico, impondo ao país a degradante deformidade de ter um dos piores índices educacionais do mundo. Os demais componentes do grupo criminoso, vassalos, subordinados e submissos do capital, responsáveis por tamanha indecência contra o povo, são: a chamada grande mídia, liderada pela Rede Globo, que inocula sem cessar na cabeça do povo um patógeno letal mais difícil de se combater que o vírus da Aids e que provoca uma espécie de torpor em sua mente, transformando-o em prisioneiro da notícia mentirosa como se tudo o que é divulgado fosse a suprema verdade; políticos reacionários, sempre dispostos a votar contra as camadas mais vulneráveis e a doar nossas riquezas às grandes corporações em troca de vantagens pessoais ofertadas por monopólios e oligopólios; grande parte do Poder Judiciário – juízes, desembargadores e ministros dos tribunais superiores –, que não sente vergonha em proclamar sentenças criminosas contra quem ousar enfrentar o sistema oligárquico ao qual pertence; a maçonaria, que respaldou durante 21 anos a ditadura de 1964 e que trabalha nas sombras contra os excluídos; os militares, que, historicamente, sempre defenderam as oligarquias; a classe média, incessantemente obtusa, tacanha, inculta e preconceituosa; pastores evangélicos (com destaque para as igrejas pentecostais), que querem suas ovelhas bem ignorantes, para que, nas trevas, possam acreditar em suas promessas mirabolantes. Essa gente veste a camisa da seleção, enrola-se com a bandeira brasileira e cantando o hino nacional entrega nossas riquezas aos estrangeiros. Povos oprimidos: organizem-se, rebelem-se, vocês não têm nada a perder a não ser as suas algemas.