DESCRIÇÃO
Por uma negatividade necessária: trauma, repetição e pulsão de morte explora conceitos marcados por um aparente e rico paradoxo: testemunham um limite do aparelho psíquico, ao mesmo tempo que o alçam ao trabalho. Trata de uma dupla potencialidade – de abertura e fechamento – do que se apresenta como limite.
Se esse movimento de busca por superação encontra-se na própria estrutura psíquica humana, funcionando de modo interminável, dadas as excitações que lhe chegam de fora, há também um limite para esse processamento, quando pensado como dado estrutural: imprevisível e singular a cada sujeito – logo impossível determinar quanto de tensão, de dor, de prazer que um sujeito determinado é capaz de suportar. Os efeitos desses afetos sobre o psiquismo, em suas quantificações, serão igualmente, por lógica, ou estimulantes ou paralisantes. Mas quando pensamos nos limites da representação, podemos igualmente cogitar que o irrepresentado, negativo por excelência, é fundamental para a produção de diferença.
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