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Este livro investiga a técnica grupal Grupo de Atividades Físicas enquanto dispositivo psicoterapêutico para pacientes psiquiátricos com adoecimento mental severo (severe mental illness, SMI). Os conceitos psicanalíticos e as concepções da grupanálise embasaram este estudo. Como campo de pesquisa, um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e um Centro de Convivência, ambos de um Serviço Público de Saúde Mental (Campinas, Estado de São Paulo, Brasil). O grupo era aberto, composto por pacientes com SMI (heterogêneo quanto ao diagnóstico, faixa etária e gênero). Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada em psicanálise aplicada.
Este livro investiga a técnica grupal Grupo de Atividades Físicas enquanto dispositivo psicoterapêutico para pacientes psiquiátricos com adoecimento mental severo (severe mental illness, SMI). Os conceitos psicanalíticos e as concepções da grupanálise embasaram este estudo. Como campo de pesquisa, um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e um Centro de Convivência, ambos de um Serviço Público de Saúde Mental (Campinas, Estado de São Paulo, Brasil). O grupo era aberto, composto por pacientes com SMI (heterogêneo quanto ao diagnóstico, faixa etária e gênero). Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada em psicanálise aplicada. A técnica grupal Grupo de Atividades Físicas compreendia três momentos principais: 1 – caminhada (de ida e volta do Serviço ao Centro de Convivência); 2 – atividade física coletiva; e 3 – momento simbólico da sessão. Em termos de resultados, apresentam-se 13 registros de sessões do grupo. Concluiu-se que a técnica grupal constituiu-se num dispositivo psicoterapêutico no tratamento de pacientes com SMI, por sensibilizá-los aos fenômenos de grupo direcionando-os à organização psíquica. Observou-se durante o processo analítico grupal um movimento de agregação, de tentativa de “ser e ter corpo” contra angústias de não existência. No momento da atividade física coletiva, a comunicação entre os participantes adquiriu uma característica especial por utilizar de maneira mais marcante recursos não verbais. O ato de passar a bola noticiava o movimento intrapsíquico de investimento libidinal objetal. Em seus diferentes momentos, a técnica grupal oportunizou o exercício do reconhecimento dos objetos pertencentes à realidade externa e propiciou um espaço para o estabelecimento de contato intersubjetivo. Houve o favorecimento de mecanismos de projeção e introjeção, o que favoreceu um movimento em direção à integração do ego. Finalmente, a técnica grupal desenvolvida figura como um importante coadjuvante no tratamento de pacientes psiquiátricos com SMI, constituindo-se num dispositivo psicoterapêutico, principalmente por favorecer o “jogo-relacional”, isto é, o exercício da comunicação inconsciente entre o singular e o plural.
Peso | 300 g |
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Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 978-65-250-1560-6 |