Por Gilcione Freitas, autor de Família debaixo da bênção: o homem fiel e a mulher virtuosa.
A família foi instituída por Deus para o bem estar do homem, da mulher e seus filhos. O Senhor em sua infinita sabedoria e providência acompanha as necessidades do homem e as satisfaz de maneira plena. O Senhor Criador planejou a família para ser um local de manifestação da sua glória e poder. Um lugar em que o casal e seus filhos desfrutariam de todas as bênçãos do Eterno Deus.
Na família encontramos a proteção, o conforto, e os cuidados necessários para desenvolvermos e vivermos de forma plena, conforme o projeto do Senhor. Por isso, o Eterno criou princípios para a família viver de forma plena, feliz e abençoada.
O Altíssimo planejou um ambiente perfeito, e introduziu a família ali para ser feliz e abençoada e cheia de esperança. E nesse refúgio o Senhor Criador, derrama cuidados e deseja habitar no meio da família que formou para o seu louvor e glória.
“E plantou o Senhor um jardim no Éden, da banda do oriente e pôs ali o homem que tinha formado.” (Gn 2:08).
No jardim a família vivia feliz abençoada e cheia de esperança. E essa promessa de uma família abençoada e cheia de esperança não mudou, porque Deus não mudou. Aleluia! Você e sua família podem desfrutar de um lar feliz. O que traz esperança para a sua casa?
“Quero trazer a memória o que me dá esperança.”
O que te dá esperança?
Esperança: Confiança no cumprimento de um desejo ou expectativa. Deve estar firmada em Deus. Porque o Senhor é o Deus de toda a esperança. A esperança é semelhante a uma âncora que segura o navio para não se perder ou ser destruído, a esperança firma as nossas emoções em Cristo.
- A esperança gera alegria;
- A esperança gera o desejo de viver e sonhar;
- A esperança gera paciência e perseverança;
A esperança desperta em nós firmeza, desejos, sonhos, e nos faz voltar o olhar para a alegria da conquista mesmo que agora esteja tudo em ruínas. Para Jeremias, o fogo que alimentava a sua esperança era as misericórdias do Senhor. A lembrança da ação amorosa do Senhor por toda a sua vida trazia-lhe o refrigério de acordar toda manhã e saber que o Senhor é fiel, amoroso e bom.
“porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são a cada manhã; grande é a tua fidelidade.” Lamentações de Jeremias.
Mas, talvez, a sua dor e da sua família seja tanta que não consegue ver nada de bom até aqui. Porém, a leitura dessas palavras já é uma demonstração clara do amor do Senhor Deus por você. Porque, enquanto escrevo, sem mesmo saber de suas dores estou orando por você e sei que o Senhor vai lhe conceder vida, pois a suas misericórdias não tem fim e são abundantes para a famíia. E a cada acordar ela se renova sobre a sua vida. Por isso exclamou o profeta:
“Bom é ter esperança.” (Lm 3:26).
Como Jeremias se envolva com Deus e a sua palavra para poder desfrutar de uma vida de gozo e realizações. Ele busca em sua vida a ação do Senhor e lança a sua alma nos braços do Criador como uma criança quieta no colo da mãe. E ali descansado em Deus recorde de todas as maravilhas do Senhor e encha a sua alma de paz e alegria da presença do Mestre. Lembra-se, que o desânimo segue destruindo toda nossa esperança e consumindo a fé? Olha o que faz a presença do Senhor quando estamos com a nossa alma e nossas emoções descansando em Deus:
“O coração alegre serve de bom remédio.” (Pv 17:22).
A alegria na dor transforma o coração dilacerado em um coração, alegre e verdadeiramente feliz. Ainda existe dor e feridas, mas eu sei que serei curado eu sei que alcançarei o milagre e a própria alegria do coração, proveniente de Deus traz cura a alma aflita e não permite o desespero. O salmista expressa isso, quando menciona que no meio da jornada de sofrimento no centro da dor dos seus piores dias, ele encontrou a paz e o avivamento da presença do Senhor. A situação não havia mudado. O milagre ainda não havia surgido, a vitória ainda estava longe. Mais, ele na caminhada de fé e esperança encontrou o poder da presença do Pai para poder sorrir e continuar esperando com alegria.
“Andando eu no meio da angústia, tu me revivificarás.” (Sl 138:7).
Vivendo acima das adversidades.
“porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei ter abundância; em todas as coisas, estou instruído…” (Fp 4:11-12).
Houve perdas? A avalanche passou? Agora é hora de aprender e reconstruir sobre um viver de modo feliz. Afinal, a verdadeira alegria e felicidade não está nas circunstâncias por isso a esperança é como uma âncora para nos segura dentro do desejo de nossa alma em ver o bem sobre a nossa família.
Aprender leva tempo e esforço. O aprendizado é demorado, mas produz frutos por muitos anos. A esperança abre o lar para estar aberto ao ensino. Muitas de nossas dores no sofrimento são frutos da negligência no aprendizado.
Você está com o coração aberto para aprender? Você pode ser o canal para o despertar da esperança em seu lar. Com a alma instruída, fortalecida e com olhar firmado em Cristo a família com todas as forçar pode gritar bem alto:
“Posso todas as coisas Naquele que me fortalece.” Fp 4:13.
E o caminho do aprendizado é o clamor ao Deus que tem prazer em abençoar famílias.
O clamor de um coração arrependido alcança os olhares e ouvidos de Deus e desperta a sua misericórdia e o seu amor sacrificial é derramado. O clamor abre a porta para a mudança, pois, revela um coração desejoso de libertação. Revela a alma de famílias que anseia por restauração. Enquanto os filhos de Israel permaneceram calados, o sofrimento continuava. Mas, ao clamarem com um coração contrito alcançaram a atenção do Senhor.
“e os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou aos filhos de Israel um libertador… Então a terra sossegou quarenta anos.” Jz 3:9.
O clamor revela nossa necessidade do Altíssimo e a nossa fragilidade diante da opressão esmagadora demonstra nossa dependência do criador para enfrentarmos os conflitos diários. Ilumina a nossa fé no Deus vivo e presente, que apesar da sua transcendência e magnitude relaciona-se com aqueles que sofrem. Intervindo com poder e trazendo conforto para alma que chora.
“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.” Is 57:15.
Israel clamou, chorou, chamou por Deus. E o Senhor disse: Estou aqui.
O clamor de uma alma aflita atravessa os céus e alcança o coração do Senhor do Universo. Aquele que com apenas uma palavra pode mudar sua história. Cristo reuniu em si a vontade e o poder de realizar.
“Eu (Cristo) quero. Seja curado” Mc 1:4.
Quando a família clamar percebe que o Todo-Poderoso está perto, tão próximo que ouve o gemido silencioso da alma aflita.
O Despertar da esperança um novo cântico em meu lar
Recordo de um casal de “garrinchinha” que todo ano choca seus filhos (sempre são dois filhotes) aqui na varanda de casa. Eles vêm e vão freneticamente o dia inteiro trazendo alimento para os filhotes e depois os vê ganhar os céus e não voltarem mais para o ninho. Porém, naquele ano foi diferente um dos filhotes ao tentar aprender a voar, caiu e morreu. O “casal” entrou em desespero e mudou o seu cântico alegre da manhã, para um lamento de dor enquanto tentavam sem sucesso ouvir o canto do filhote. Realmente parecia como um pai em dor ao enterrar o seu filho de amor. Lamentaram por horas, até findar o dia e se recolherem no ninho, enquanto aguardavam o cair da noite de dor.
Não acontece conosco também? Quando estamos para ver a beleza de um novo voo, encontramos as correntes da dor e o peso do fracasso? E a perda daquilo que nos é extremamente valioso nos faz lamentar, gritar e chorar o dia inteiro e mesmo o cair da noite parece o encerrar sombrio de uma vida de promessas e com as suas penumbras nos acrescentam maior pesar.
No dia seguinte achei algo muito interessante, eles, as garrinchinhas, amanheceram cantando. E ao observar da janela os vi bem cedo no seu frenético vai- e- vem em busca de alimento para o lar e o filhote que ainda estava vivo que logo alçaria o seu voo de novas oportunidades e descobertas.
Aprendi com as garrinchinhas, a viver a dor da alma e a tristeza da perda. Mas, a dor apresentada diante do Altíssimo dura somente uma noite.
A esperança é despertada pela manhã nas famílias que aprendem sobre a canção gerada mesmo em corações feridos e esse cantar do aprendizado é uma benção para o lar ser feliz. Ao descobrir sobre o despertar de um cântico novo aprendo sobre as vidas que precisam de mim, cada membro da família tem necessidades que posso ajudar a satisfazer e no cantar pela manhã sou fortalecido para seguir com o propósito diante do bondoso Deus. Ainda não acabou sua família vai continuar cantando com esperança. Ainda a esperança para a sua família.
Para ler mais sobre o tema, conheça o livro Família debaixo da bênção: o homem fiel e a mulher virtuosa.
Gilcione Freitas é Ministro e pregador do Evangelho, membro e palestrante da coordenação da família em Curitiba. Gestor de Produção com mais de 20 anos de experiência, é pós-graduado em Psicologia Organizacional e possui MBA em Gestão de Pessoas.