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Por Helenita Fernandes, autora de A Cadeira Vazia: Um Encontro (Im)possível

Sim. Ninguém nasce lendo e nem tão pouco gostando de ler. A leitura é uma construção que é adquirida ao logo de anos. E o gostar de ler também. No entanto, é possível aproveitar algo muito natural para qualquer criança para esse estímulo: a curiosidade. Crianças são naturalmente curiosas por tudo que as cercam, isso desde seu nascimento, e é o que faz com que desenvolvam o aprendizado do mundo a sua maneira.

A partir desta compreensão, responsáveis e educadores podem gerar a curiosidade pelos livros e suas histórias. Bebês são atraídos por sons, gostos, cores e texturas. Temos uma infinidade de livros que têm essa propriedade sensorial para um primeiro contato desses futuros leitores. Aos poucos, com o crescimento das crianças, se faz necessário observar os gostos e interesses de cada uma para que sejam oferecidas histórias que gerem, além da curiosidade, a identificação.

A leitura compartilhada e mediada é um importante exercício nesse contexto em que o imaginário toma as rédeas do cérebro infantil. Entrar no mundo da fantasia literária desperta a vontade de querer mais, de mergulhar fundo nesse vasto oceano das narrativas infantis.

Aprender a gostar de ler é desenvolver um hábito de uma forma um pouco diferente de tantos outros que vamos aprendendo e desenvolvendo no decorrer da vida, pois está diretamente relacionado ao que chamamos de atitude, ou “querer fazer”, que só ocorre com a vontade que vem por meio do prazer de estar fazendo algo que tem uma carga de memórias afetivas na sua origem.

Ainda que esteja sendo tratado aqui da leitura desde o berço, a boa notícia é que o “gostar de ler” pode ser uma atitude a ser adquirida em qualquer fase da vida. Então, convide sua criança (externa e interna) para escolher um bom livro e divirtam-se na leitura e na troca que, certamente esse momento irá proporcionar.

Mais do que estimular a leitura, o contador de história, estimula o interpretar o mundo, o diálogo atravessado pelas narrativas e o afeto de compartilhar juntos esses momentos.

 

Helenita Fernandes é doutora em Psicologia, consultora e docente em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Participante em antologias com contos e poesias e autora do livro infanto-juvenil “A Cadeira Vazia – um encontro (im)possível” pela editora Appris.

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