O Currículo como Máquina Abstrata de Rostidades
Por Amarildo Inácio dos Santos, autor de O Currículo como Máquina Abstrata de Rostidades
Os currículos escolares são como máquinas que esculpem sobre nós, rostidades. Como todas as máquinas, os currículos também são projetados para certa finalidade. Contudo, a matéria prima dos currículos é nossa subjetividade, que deve ser produzida, convertida em rostos que se adequem perfeitamente às paisagens sociais vigentes. A função destes rostos é homogeneizar o que é diferença remetendo-a às identidades socialmente avalizadas ou, na impossibilidade disso, codificando-as como seus desvios. Naturalmente, os currículos podem ser repensados, reinventados, recalibrados, desconstruídos e até subvertidos. Entretanto, isso não anula os objetivos pelos quais foram projetados. Nesta obra, busca-se desenvolver uma problematização acerca de como os objetivos normalizadores de um currículo em acontecimento, mapeado em um grêmio estudantil de uma escola pública de Santa Catarina, podem produzir efeitos de poder sobre os corpos que produz para governar.
Deixe um comentário