A Organização das Nações Unidas (ONU) por meio dos dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), busca assegurar o equilíbrio entre os três pilares do desenvolvimento sustentável (social, econômico e ambiental) por meio de um esforço conjunto de países, empresas, instituições e sociedade civil. Dentre os ODS observa-se, de maneira geral, uma busca por acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, assegurando a disponibilidade e a gestão sustentável dos recursos naturais para toda a humanidade, agir contra as mudanças climáticas, bem como enfrentar outros desafios do nosso tempo. Nesse contexto assumem importância ferramentas que buscam a redução do consumo de recursos naturais e a degradação ambiental. A indústria tem papel importante nesse processo de desenvolvimento por ser uma impulsionadora de inovações tecnológicas, ser grande detentora de poder econômico e envolver diversos atores da sociedade civil e governamental. A busca por inovações nos processos capazes de garantir uma gestão mais eficiente dos recursos naturais torna-se um elemento fundamental nesse esforço, que se apoia nos conceitos da Engenharia de Processos. Uma de suas ramificações, a Integração de Processos (IP), desenvolve ferramentas que visam o desenvolvimento de processos industriais sustentáveis com crescimento econômico, proteção ambiental e progresso social sem comprometer os ecossistemas para as gerações futuras. No conjunto das ferramentas de IP, o Diagrama de Fontes (DF) figura como uma metodologia de destaque no projeto (ou retro­fit) de processos com objetivo de intensificar sua sustentabilidade. O DF foca na minimização do uso de recursos (materiais e energéticos) e da geração de resíduos e emissões, além de possibilitar avaliar o sistema de maneira holística, gerando diferentes cenários para serem analisados. Aliado a isso, o DF se mostra um método sistemático, que apresenta simplicidade nos seus conceitos fundamentais e possui uma abordagem estruturada, possibilitando a proposição de diversas possibilidades de melhorias em sistemas. Ao longo deste livro, o leitor irá explorar o potencial dessa ferramenta, com aplicações em três áreas distintas: (a) redução do consumo hídrico; (b) melhora eficiência de sistema de refrigeração em plantas industriais; (c) gerenciamento das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), através da elaboração de planejamentos energéticos.