fbpx

Entre em contato: (41) 3156-4731

Edit Content
Edit Content

Por Iolanda de Souza Anschau, autora de Panaceia: Os Yaspper e os Gomizi

 

Nunca questionei a existência ou o porquê de estarmos aqui neste mundo. Sempre soube, no íntimo de meu ser, que pertencemos a algo maior e eterno. Durante muito tempo, contentava-me com o que eu sabia sobre essa questão, de ser referente a algo ou alguém maior, muito maior do que eu e tudo o que poderia conhecer até o momento. Mas este período de pensar, conhecer algo mais elevado que pudesse existir no mundo todo e do que dele poderia surgir, não me causava angústia ou se quer perturbação.  É porque era o tempo da infância, onde tudo era simples e sem grandes questionamentos sobre o porquê de tudo ser como é.

Este comportamento, ou período de leveza e simplicidade a que nos dispomos na vida vai até um certo período, quando começamos a desejar mais… mais conhecimento, mais oportunidades, mais alegrias, mais prazeres, mais paz, mais aconchego, mais compreensão e outros “mais” que buscamos em todo o tempo. Em meio a toda essa explosão de quereres estão os sonhos, e há um tempo em que sonhamos com muita coisDepois da meninice os sonhos são imensuráveis e parecem fáceis de serem alcançados. Nem sempre nos pea. rturbamos com o passado, mas as vivências e experiências boas ou más nos fazem refletir sobre o que passou e muitas vezes, desejamos não ter experimentado qualquer coisa que não se aproximasse do que nosso coração desejava.

Então, nesta outra parte do caminho, a parte que começa depois da infantilidade inocente, queremos saber mais, reconhecer tudo e o desconhecido. Neste tempo os espaços são pequenos e os horizontes enormes! A vista alcança além do que podemos enxergar e vislumbramos um futuro…, mas qual futuro? Nas minhas conjecturas temos possíveis tempos que podem vir… um é aquele que não podemos transformar, somos colocados nele dia após dia e não há como escapar, temos que vivê-lo. Outro poderia ser aquele que sonhamos, perfeito! Onde tudo daria certo se fosse exatamente como imaginamos. Temos ainda o acaso, situações e vivências que não escolhemos, porém subsistem.

 

 

Mas… o acaso existe?  Então, nos encontramos em uma estação onde podemos perceber que vivemos o presente, apenas. E ele é tudo o que temos. O futuro realmente pertence a Deus.  Depois de caminhar por muitas estradas curvas e não aplainadas, podemos perceber que poderíamos ter minimizado o desgaste. Seguimos, então, não na sombra de nossos antepassados, nem na continuidade de suas escolhas, mas respondendo por nossas próprias decisões. Contudo, acredito que tudo era para ser vivido.  Tenho para comigo que todos os caminhos percorridos por nossos ascendentes foram feitos e pisados para que nos encontrássemos exatamente onde estamos. Somos uma continuação deles, não de suas optações.

Mas as dificuldades que encontramos pelo caminho, independente de nossas preferências, nos limitam e mitigam, muitas vezes, as esperanças. Independente das vivências, da coragem ou dos momentos de desânimo que, inevitavelmente, somos perturbados, em meio aos contentamentos e padecimentos, somos escolhidos e aceitos pelo autor da vida, e “Ele” conhece tudo sobre nós. Deus sabe de onde viemos e para onde estamos indo. Sabedores disso, não desfaleçamos pelo caminho, mas se fraquejarmos, “Ele” estará lá ao nosso lado e não nos deixará prostrados diante das incertezas e do desalento. Essas são palavras corretas… Sabemos que não é fácil, e nada se resolve instantaneamente. Que bom se assim fosse, poderíamos ter mais alegrias do que tristezas. A súmula é que nos resguardemos do mundo e dos enganos e tenhamos em mente Cristo e as suas promessas, buscando a sua companhia e vislumbrando os detalhes, a simplicidade, o que é puro… nos lembrando sempre que não estamos sós.

Deixo nestas linhas um versículo propicio para o momento, visto que diante de tudo o que vi e vivi, até agora, as palavras corretas estão na Bíblia Sagrada: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.” Jeremias 29:11. Revela-se, então, com os olhos da fé e com o agir de Deus na vida cotidiana do humano, que pertencemos ao Criador e “Ele” trabalha em nós e por meio de nós. Sendo que, tudo é feito por “Ele” e para “Ele”, descansemos, pois, nas Palavras Corretas.

Assim, depois de conhecer o lugar de onde viemos, reconhecendo os caminhos de nossos ascendentes, não se requer mais perturbações, particularmente não tenho muitas curiosidades sobre o passado, embora me seja curioso o sentimento de pertencimento, de onde viemos e para onde estamos caminhando. Embora nos pareça que os caminhos são límpidos, não sabemos o que o futuro nos reserva. O que temos e o que sabemos é que podemos planejá-lo, mas conscientes de que os tempos que virão pertencem a Deus. Desse modo, reconhecendo-nos nos percursos e nas histórias vividas por nossos anciãos podemos compreender muito de nós mesmos. Contudo tenho aprendido que ao apropriar-me mais do mindset de reconhecimento e agradecimento, posso vislumbrar um futuro com mais segurança na proporção da minha fé.

 

Iolanda de Souza Anschau é natural de Fortaleza dos Valos, no Rio Grande do Sul. Atualmente reside em Planaltina (GO). Formada em Letras pela UnB – Universidade de Brasília. Professora atuante na rede Pública do Estado de Goiás. Autora de Entre Sonhos e Flores, obra publicada de forma independente, e mais recentemente Panacéia: Os Yaspper e os Gomizi.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *