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O século XVIII configurou-se para a música como um tempo de intensa produtividade. Obras de A. Vivaldi, J. S. Bach, G. F. Haendel, J. Haydn e W. A. Mozart constituem parte desse conjunto, para citar apenas alguns dos compositores eleitos pelos inúmeros autores que se dedicaram a escrever as incontáveis histórias da música desse período. O que conhecemos dessas obras e seus compositores é aquilo que os óculos das pesquisas musicológicas nos permitem enxergar e o que os músicos de hoje nos proporcionam ouvir.
O século XVIII configurou-se para a música como um tempo de intensa produtividade. Obras de A. Vivaldi, J. S. Bach, G. F. Haendel, J. Haydn e W. A. Mozart constituem parte desse conjunto, para citar apenas alguns dos compositores eleitos pelos inúmeros autores que se dedicaram a escrever as incontáveis histórias da música desse período. O que conhecemos dessas obras e seus compositores é aquilo que os óculos das pesquisas musicológicas nos permitem enxergar e o que os músicos de hoje nos proporcionam ouvir. Juntar esse conhecimento musicológico com a prática musical não é uma tarefa simples, e as diversas possibilidades de ligação entre ambas as áreas se materializam cada vez que esse repertório é executado. Ao ouvi-lo e tentar construir seu sentido, deparamo-nos com o distanciamento histórico entre nós, na atualidade, e eles, os músicos do século XVIII, e nos perguntamos: qual o sentido dessa música? Para que e/ou para quem ela foi feita? Como essa música foi feita? Por que é tão bela? Ainda que as respostas a essas questões não sejam necessárias para a experiência estética, elas podem nos ajudar a compreender de uma outra forma as obras apreciadas e até mesmo potencializar a própria experiência em si. É nessa perspectiva que apresento este livro, como uma chave para a compreensão da música de J. Haydn, W. A Mozart e seus contemporâneos, a partir da recuperação dos princípios poético-musicais propostos pelo músico alemão H. C. Koch, e que são característicos da segunda metade do século XVIII. Trata-se de uma chave antiga, de fato, mas que permite revelar aspectos fundamentais desse repertório que de outro modo poderiam permanecer ocultos aos nossos ouvidos e óculos contemporâneos. Perceber e compreender o repertório setecentista a partir de suas próprias referências é um desafio instigante e delicioso, que nos prepara para novas possibilidades de escuta e pensamento, e renova nosso desejo de apreciá-lo mais e mais.
Peso | 300 g |
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Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 978-85-473-3728-5 |